ARTIGOS E UMA NOVA UNIVERSIDADE PARA UM NOVO FUTURO Auniversidade é uma instituição milenar, que só envelhece quando os que nela atuam acreditam que o que fazem é perromper paradigmas e constituir novas abordagens, novas visões estratégicas. O futuro que queremos não chegará pronto, ele IR. EVILÁZIO TEIXEIRA Reitor da Pucrs reitoria Pucrs.br fragilidades. Assim, a posição almejada para instituições de Ensino Superior será uma construção cada vez mais dependenZERO HORA, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE AGOSTO DE “q EM DIA LEÃO FAMINTO MICHEL GRALHA Advogado michel(Ozavagnagralha.com.br As tentativas de mudanças ocorridas no Brasil, quase que invariavelmente,
feito, reproduzindo o passado. está sendo construído. te da capacidade de adaptação, deslocam as obrigações do público para Crença que ficou ainda mais de prosperar na incerteza. Co- o privado. Cada vez mais, o Estado “lava defasada no cenário de pande- mo será o amanhã? Quando tu- as suas mãos” e transfere aos cidadãos a mia. Novas respostas urgentes do voltará ao normal? Estamos responsabilidade de fiscalização e sobreestão sendo dadas, mudaram as 0 9 rande desafio fazendo uma travessia inédita. vivência dos governos. e perguntas. para O fu tur 0 de Nestes tempos que marcarão Em épocas de covid, por exemplo, foO grande desafio para o fu- uma universidade nossas vidas para sempre, te- mos promovidos a fiscais de vizinhos turo de uma universidade co- como a Pucrs mos uma oportunidade: fazer e parentes e instigados a denunciar,
mo a Pucrs continua sendo continua sendo com que experiências sejam inclusive, festas de Natal ou encontros preparar pessoas para que se- transformadas na mudança que familiares. Salvo poucas exceções, cojam melhores seres humanos preparar pessoas queremos para a sociedade. Se mo as privatizações, é difícil conviver e bons profissionais, além de para que sejam as seguranças emudeceram, com alguma alteração governamental promover docência e pesquisa melhores seres que possamos aprender que no que melhore nossas vique tenham como premissa o humanos e bons interior de cada um de nós en- das. Neste contexto, nos i comprometimento na busca do Ra - contra-se também a força mais nossos calcanhares, te- Cada vez mais,
saber e do constante aprender pri ofissionais poderosa do universo. Se me mos a polêmica reforma o Estado “lava como o melhor serviço que se perguntassem onde habita essa tributária. Primeiro, não as suas mãos”
pode prestar à humanidade. Po- força, eu diria: dentro de toda e lembro de qualquer mo- etransfere aos rém, um novo futuro exige rup- todo aquele que busca por meio dificação nesta área que E E turas, ineditismo, protagonismo As agruras de 2020/21 ampli- da educação, do pensamento, favorecesse o contribuin- cidadã os d em fazer o que ainda não foi ficaram desafios e fragilidades da ciência, da solidariedade, ser te. E, no caso atual, nãoé esponsabi lidade feito. Uma nova universidade já existentes. Nos conduziram uma pessoa melhor e gerar im- diferente. de fiscal: zação para um novo futuro depende rumo à necessidade urgente pacto positivo nas suas relações As atuais mudanças esobrevivência diretamente da capacidade de de revisitar nossas fortalezas e e na comunidade que o rodeia. sugeridas pelo governo federal afetarão de fren- dos governos O VÍRUS DA FOME - E SUA VACINA A dicotomia entre saúde e economia - ou entre doença e fome - sempre esteve equivocada. Com a pandemia, esse debate esboroou ainda mais.
Mas é preciso colocá-lo urgentemente em ponto de equilíbrio,
que reside em um único objeto:
a dignidade do ser humano. Um princípio universal esquecido entre as polarizações e fanatismos do nosso tempo.
O equivocado enviesamento dessa abordagem só tem agravado a situação, especialmente das camadas mais humildes. E isso vem muito antes do coronavírus.
Relatório da FAO, de 2020, aponta que o número de pessoas afetadas pela fome no mundo tem aumentado lentamente desde 2014.
As estimativas são de que quase
690 milhões carecem de alimento,
quase 9% da população mundial.
As primeiras avaliações mostram que a pandemia pode adicionar até 132 milhões ao número de desnutridos no mundo, com especial impacto no desenvolFRANCISCO TURRA Ex-ministro da Agricultura, presidente do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA)
franciscoOturra.com.br vimento físico e intelectual das crianças e adolescentes. Além disso, uma quantidade semelhante de indivíduos ficou exposta a níveis graves de insegurança alimentar: falta de acesso regular a alimentos seguros, nutritivos e suficientes.
O equivocado enviesamento dessa abordagem só tem agravado a situação,
especialmente das camadas mais humildes Portanto, se há assunto que merece uma unidade nacional e internacional é o combate à fome.
Mas um combate genuíno, não discursivo. Chega de desperdiçar energia em guerras retóricas e inócuas. Chega de preconceito contra a produção agropecuária.
Muitos passam necessidade enquanto perdemos tempo nesses deleites narrativos. E preciso focar no que realmente importa.
Os países terão de produzir um reequilíbrio das políticas agrícolas, incentivando investimentos mais sensíveis à nutrição e ao abastecimento alimentar. Ações de proteção social precisarão ser mais efetivas no acesso a dietas saudáveis para as populações mais vulneráveis. Em paralelo,
claro, há também o desafio micro e macroeconômico de aumentar o poder de compra.
Gosto de uma frase do papa Paulo VI: “Desenvolvimento é o novo nome da paz”. E disso que tratamos também em 2021.
Precisamos nos mobilizar nessa direção como humanidade. E,
inclusive, como oportunidade para o Brasil, que tem uma genuína e abençoada vocação para produzir. O coronavírus se combate com vacina. E a fome, com produção de alimentos e comida na mesa.
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bit.ly/opiniaogauchazh faartigozhozerohora.com.br (DOopiniaozh te as pessoas jurídicas e físicas. Será a maior e mais desequilibrada transferência de ativo do privado para o ineficiente setor público, que não produz nenhuma riqueza e vive de impostos. Para aqueles que trabalham, geram renda e empregos será um golpe duríssimo. Difícil acreditar que, em meio à sobrevivência pré e pós-pandemia, teremos mais uma crise, causada pelo aumento da carga tributária. Infelizmente, somos vítimas indefesas do “Leão”. Este ser gigantesco que nos retira, minuto a minuto, grande parte do fruto do nosso trabalho e reverte em nada, a pó.
Caso haja a aprovação das mudanças,
nos termos atuais, qualquer expectativa de crescimento e incentivo aos empreendedores cai por terra. Se tinhamos a esperança de um Estado menor e um melhor ambiente de negócios, podemos,
mais uma vez, suspendê-la. Seria tão simples: desinchar a máquina pública,
diminuir as alíquotas, simplificar o sistema tributário e deixar o mercado agir livremente.
Assim, com medidas objetivas, haveria o incentivo a novos negócios e a geração de riqueza. Por óbvio, chegar às adaptações tributárias corretas não é fácil, mas não pode ser tão complexo e sanguinário a ponto de torna-se potencialmente um dos piores e mais nefastos legados governamentais da história moderna.
Michel Gralha escreve às segundas-feiras,
mensalmente.
Uma nova universidade para um novo futuro
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