OPINIÃO DA RBS ZERO HORA, QUINTA-FEIRA, 9 DE MARÇO DE 2023 q OPINIÃO DO LEITOR PELA EQUIDADE DE GENERO NO TRABALHO O Dia Internacional da Mulher, celebrado ontem, 8 de março, foi marcado pela divulgação de uma série de levantamentos mostrando a desigualdade salarial entre homens e mulheres no país. Trata-se de uma realidade que carece de engajamento da sociedade para ser alterada. Idealmente, ocorreria ao natural pelo mero cumprimento da legislação vigente, junto ao amadurecimento do mercado de trabalho e à evolução na cultura de corporações que ainda não praticam a equidade a contento.
Como a paridade entre colaboradores masculinos e femininos que executam as mesmas funções é prevista há décadas pela Consolidação das Lei do Trabalho (CLT)
e foi reforçada pela Constituição de 1998,
mas não é cumprida, torna-se necessário lançar mão de novos mecanismos para fazer com que as normas
(Tbre/FGV), mostrou que, ao final do ano passado, as mulheres ocupavam 39,2% das funções de gerência no país. E um percentual apenas 14 ponto percentual acima de
10 anos antes, mantendo praticamente inalterada a maioria masculina nos principais cargos das corporações, muito abaixo da representação feminina na sociedade brasileira e contrariando também o fato de serem maioria nas universidades. Ou seja,
além dos ganhos inferiores para postos semelhantes, há obstáculos a vencer quanto ao recrutamento e a promoções.
O mesmo estudo do Pucrs Data Social,
baseado em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registra que a média da renda de todos os trabalhos no Estado foi, em 2021, de R$ 3.267
para homens e R$ 2.380 para mulheres.
Nacionalmente, estatísticas sejam de fato observadas. GOVerno apresentou do IBGE também apontam O governo federal semoveu proposta de elevar que,ao final do ano passa-
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pagar a mulheres remune- inferiores as dos É equivocado reduzir rações inferiores às dos homens essa diferença a questões homens quando as tarefas forem as mesmas. A intenção é ainda ampliar a fiscalização e reforçar campanhas de esclarecimento para combater preconceitos. Esse foi um dos compromissos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a agora ministra do Planejamento, Simone Tebet, para que ela o apoiasse no segundo turno da corrida ao Planalto.
Os casos de diferenciação injustificável podem ser mais bem notados quando são comparados trabalhadores com escolaridade, competência e qualificações semelhantes. Um estudo do Pucrs Data Social,
divulgado ontem por Zero Hora, ilustra a situação. Em 2021, a renda média de um homem com Ensino Superior no Estado foi de R$ 6.589, enquanto para mulheres caiu para R$ 3.888 - uma diferença de 40%.
Outro levantamento, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas como maternidade e naturezas distintas de funções desempenhadas majoritariamente por trabalhadores dos diferentes sexos. As taxas de desemprego também são maiores entre as mulheres.
Nota-se, portanto, uma barreira de gênero no mercado de trabalho, que aparece desde a maior dificuldade para conseguir colocação até o reconhecimento para posições executivas mais representativas. Isso sem falar na sub-representação ainda mais gritante em outras frentes, como o número de eleitas para cargos públicos.
O projeto de lei apresentado ontem pelo governo federal vai agora ser discutido no Congresso. Espera-se que os parlamentares deem a atenção necessária para a matéria,
discutam o tema com profundidade, interesse e aperfeiçoem o que for necessário para ser alcançada a equidade no mercado de trabalho.
á é é leitorzerohora.com.br - Instagram (Ogzhdigital - WhatsApp (51) 99667-4125
Facebook facebook.com/gzhdigital - Twitter Ogzhdigital LAQUEADURA Com referência à reportagem
“Mulheres ganham autonomia para optar por laqueadura” (ZH,
quero dizer que não gosto nada da ideia de que tenhamos que ter nossos desejos e direitos regulados por uma lei. Se temos autonomia,
por si só é redundante, pois já temos o direito à tomada de decisões próprias. Palavras como “ganhar” e
“autonomia” vão na contramão do que as mulheres merecem em pleno século 21. Não posso aceitar a ideia de 4 armos” o direito. Precisam concordar comigo que ninguém pode “ganhar algo que já é seu”,
isso é óbvio. Se o corpo é nosso, o respeito a nosso próprio corpo é um direito! Isto não se ganha, se tem!
GRACIELLA TOMÉ Psicóloga - Porto Alegre DESENROLA Por não atacar a causa, apenas a consequência, o programa Desenrola é mais uma daquelas ilusões que duram algum tempo, custam caro e pioram o problema. O “aval” será do Tesouro Nacional, que quitará as novas inadimplências. Este, por ser deficitário,
pedirá emprestado, pagando juro de mercado. Simples manobra para transfe divida privada para o poder público,
beneficiando as entidades financeiras.
E a repetição do que se fez com países inadimplentes, onde o Tesouro, além de subsidiar empréstimos, quitou as dívidas.
RUBENS CORREA RECHDEN Engenheiro - Porto Alegre DIA DA MULHER Data para reconhecer e louvar a importância e o papel da mulher na sociedade.
Enaltecer a luta histórica contra a discriminação, o preconceito e a desigualdade de que foi vítima ao longo do tempo, e ainda é, apesar dos avanços já conquistados. Data para refletir sobre a violência que a mulher ainda sofre, e a remuneração, muitas vezes inferior à dos homens no mercado de trabalho. Data para mulheres e homens irmanados reforçarem compromissos e parcerias na construção de um mundo melhor e mais justo para todos.
CLOVIS JOSÉ FORMOLO Aposentado - Porto Alegre Obra assinada pelo “pintor da natureza”, diz MARIA HELENA LUCE SCHMITZ,
sobre foto na zona sul da Capital
“A VELHA PRAGA DA POLÍTICA BRASILEIRA”
A coluna de Rodrigo Lopes (ZH, 7/3) foi primorosa! E um misto de espanto, frustração e revolta que sentimos ao pensar nessa praga, tão bem colocada por ele - o rir patrimonialismo na política brasileira. Esqueçamos a polarização ideológica, está escolhido o inimigo público número 1 dos cidadãos brasileiros! Haja estômago!
MARCELO KWITKO RIBEIRO Bancário - Porto Alegre Opiniões, fotos ou histórias de leitores devem ser endereçadas à seção Leitor com nome,
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Estudo do PUCRS Data Social mostra desigualdade na média salarial de mulheres e homens no RS
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