consolidação do trabalho remoto é um dos movimentos mais impactantes do mundo corporativo no pós-pandemia. Mas outra mudança nas relações profissionais vem ganhando força: a contratação de líderes, inclusive do C-level, sob demanda, ou talent as a service (TaaS), o termo em inglês.
Projeções da organização de pesquisas Future Market Insights
(FMI apontam que o tamanho do mercado global TaaS deve passar de 387 milhões de dólares em 2022
para 1,1 bilhão de dólares até 2032,
com crescimento anual de 11,7%.
Os principais impulsionadores dessa expansão serão o avanço da adoção de sistemas corporativos em nuvem, que possibilita o trabalho a partir de qualquer lugar que tenha internet, e a intensificação do uso de plataformas de TaaS por organizações e profissionais de RH para simplificar a contratação.
O modelo não é novo — começou a ser difundido dois anos antes da crise sanitária. E cresceu não apenas porque o mercado se tornou mais competitivo mas também porque as pessoas passaram a buscar relações mais equilibradas e saudáveis com o trabalho, em um movimento contrário ao aumento dos casos de burnout. “Já havia maior anseio por flexibilidade, autonomia e liberdade de escolher os projetos nos quais se envolver”, diz Karina Rehavia,
fundadora e CEO da plataforma de recrutamento Ollo. “Aí veio a pandemia, os recordes de pedidos de demissão, e explorar novas formas de colaboração se tornou mais atraente e até mesmo fundamental para as empresas não perderem a competitividade e continuarem inovadoras”
ABRIL / MAIO 2023 VOCÊ RH 57
Liderança sob demanda
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