Uma estudante de Direito foi abordada pela polícia e presa quando saía do condomínio onde mora, no Campo de Santana, em Curitiba, no início da madrugada desta terça-feira (20). O marido da jovem também foi detido. Ele usa tornozeleira eletrônica e havia saído da cadeia em 2021, após cumprir três anos de pena por tráfico de drogas, conforme a Polícia Militar.
A estudante universitária e o marido recebeu voz de prisão por crime de tráfico e corrupção ativa. Foto: Colaboração.
Uma equipe da PM estava em patrulhamento quando chegou a denúncia, de acordo com o sargento Schimiza, da Rotam, do 13º Batalhão da Polícia Militar. Um homem, que disse ter sido ameaçado de morte, afirmou que um apartamento em um endereço de Campo de Santana estaria sendo usado para fracionamento e venda de drogas. A pessoa informou que os responsáveis pelo local teriam um automóvel Cruze.
“”Localizamos o veículo saindo do condomínio e a mulher foi abordada e revistada. Com ela nada foi encontrado. No veículo, havia dois invólucros contendo no interior substância análoga ao crack. Ela disse que no apartamento tinha mais”,
afirma Schimiza.
A própria estudante admitiu que havia mais droga no apartamento dela e do marido e ela conduziu a polícia até o imóvel.
Mochila no telhado
O sargento da PM revela que, ao mesmo tempo em que o marido da estudante deixou a polícia acessar o apartamento, ele tentou esconder a droga da polícia, mas foi flagrado.
“Eu tinha deixado um policial embaixo, no condomínio, e ele viu que o homem arremessou uma mochila preta em cima de um telhado. Ele subiu, relatou isso pra gente. Nisso, ele ficou muito nervoso e falou que tinha droga e dinheiro trocado. Realmente, a gente constatou uma grande quantidade crack, embalada pra consumo e venda.”
Conforme o policial, ele teria oferecido propina às autoridades, em troca de liberdade. “O mesmo teve a pachorra de oferecer R$ 50 mil para a gente liberar ele e não prender”, disse.
Tráfico e corrupção ativa
O casal recebeu voz de prisão por crime de tráfico e corrupção ativa e foi encaminhado a uma delegacia. A jovem estava bastante abalada, de acordo com Schimiza. Ela disse na delegacia que era estagiária do Tribunal de Justiça do Paraná (Tjpr).
“Ela disse que é estudante de Direito e inclusive estaria estagiando no Tribunal de Justiça. Ela ficou bastante nervosa, começou a chorar, porque, provavelmente, vai ser despedida do emprego dela. […] O amásio já tem uma vida pregressa que não favorece. Ela deveria ter escolhido melhor”, comenta o sargento.
O que diz o Tjpr
O Tjpr confirmou para a reportagem da Banda B, por meio de sua assessoria de imprensa, que a estudante foi estagiária da graduação no órgão e que o contrato estaria encerrado desde o dia 31 de agosto de 2022.
Estudante de direito é presa por tráfico e chora ao revelar que é estagiária do Tribunal de Justiça
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