Folha de Londrina, sexta-feira, 30 de junho de 2023
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(di Enem tem3,9 milhões de inscritos e interrompe queda na procura As inscrições para o exame deste ano superam em 13,1% o número de 2022
Paulo Saldafia Folhapress Brasília - A próxima edição do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), que ocorre em
5 e 12 de novembro de 2023,
recebeu 3.933.970 inscrições. O número marca a interrupção de uma curva de queda nos registros para fazer as provas,
principal porta de entrada para o ensino superior no país.
As inscrições para o Enem
2023 superam em 13,1% o número de 2022. Sob o governo Jair Bolsonaro o Enem sofreu processo de desidratação de procura e, no ano passado, o volume de inscritos foi o menor em 17 anos.
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (29) pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais). O órgão do MEC (Ministério da Educação) é responsável pela prova.
Do total de inscritos, 63%
conseguiram isenção da taxa de inscrição - têm direito à gratuidade egressos de escolas públicas e pessoas com baixa renda. Quase metade
(48,2%) dos inscritos para o próximo Enem já terminaram o Ensino Médio, enquanto outros 35,6% concluem este ano.
O restante, 15,8%, ainda estão no 1º ou 2º anos e vão fazer a prova como treino.
Isaac Fontana/FramePhoto/Folhapress a.
As inscrições para o exame deste ano superam em 13,1% o número de 2022
Com a nota da prova, os participantes podem participar do Sisu (Sistema de Seleção Unificada), que agrega vagas de instituições públicas,
sobretudo federais, que adotam o exame como vestibular.
O sistema permite concorrer a vagas em todo país.
No primeiro semestre de
2021, o Sisu reuniu 221 mil vagas e 125 instituições.
A nota ainda é critério para o ProUni (Programa Universidades para Todos), Fies
(Financiamento Estudantil) e também para algumas instituições privadas. Os resultados individuais também podem ser aproveitados em processos seletivos de instituições portuguesas que possuem convênio com o Inep.
O estado com maior interesse no exame é São Paulo, com 580.759 inscrições.
Na sequência, aparecem Minas Gerais (358.599) e Bahia
Sob Bolsonaro, o Enem esteve no centro de disputas ideológicas e também houve problemas de organização. O MEC tentou interferir no conteúdo da prova com a criação de uma espécie de tribunal ideológico para censurar determinados temas.
O governo recuou, entretanto, da ideia de ter uma comissão permanente sobre o assunto após reportagem da “Folha deS. Paulo” revelar o plano.
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Roraima
Fonte: Ministério da Educação litar (1964-1985), por exemplo,
não caem na prova desde 2019
- O que nunca tinha ocorrido até então. No ano passado,
o presidente chegou a pedir Folha Arte ao então ministro da Educação Milton Ribeiro que o exame não falasse em golpe de
1964, mas em revolução, visão rechaçada por historiadores.
Julgamento do Caso Shigematsu será fora de Rolândia Jéssica Sabbadini Especial para a FOLHA O STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinou que o julgamento dos réus Ricardo Seidi e Terezinha de Jesus Guinaia,
pai e avó paterna de Eduarda Shigematsu, seja realizado fora da cidade de Rolândia (Região Metropolitana de Londrina).
O pedido de desaforamento foi protocolado pela defesa de Seidi, que alegou que o caso foi de “grande comoção”, o que poderia comprometer a imparcialidade dos jurados. O TJ-PR
(Tribunal de Justiça do Paraná) deve definir um novo local para que o julgamento seja realizado.
Douglas Rocha, um dos advogados de Ricardo Seidi, afirma que a decisão já era esperada e que a mudança de local vai garantir um julgamento
“mais justo e imparcial para o acusado”. Segundo ele, o pedido é que o julgamento seja realizado fora das regiões Norte e Noroeste, mas ressaltou que a decisão do STJ não traz orientações específicas sobre isso.
Rocha diz acreditar na possibilidade de que o julgamento seja feito em Curitiba. Após o TJ-PR designar o local, o juiz da comarca é que vai definir a data para o julgamento dos réus.
De acordo com o advogado,
o caso teve uma “grande comoção em toda a região, assim como cada passo da movimentação processual foi divulgada pela imprensa de diversas cidades, tanto no entorno de Rolândia quanto de municípios mais distantes”.
Ele acrescenta que a casa de Seidi foi invadida e depredada. “No pedido feito pela defesa constam prints de ameaças no Facebook direcionadas não apenas aos réus, mas também aos advogados”, justifica.
Alega ainda que a defesa conseguiu comprovar que parte das ofensas foi feita por pessoas que estavam na lista de possíveis jurados do caso.
“Já existia ali uma parcialidade prévia, ou seja, existia a possibilidade do corpo de jurados não ser imparcial [durante o julgamento dos réus)”, acrescenta. Rocha diz ainda que espera que o julgamento seja realizado o mais rápido possível,
já que Seidi permanece preso na unidade 1 da PEL (Penitenciária Estadual de Londrina).
Já Guinaia responde ao processo em liberdade.
Hugo Esteves, assistente de acusação que representa a mãe da vítima, Jéssica Pires de Souza, afirma que não vai entrar com pedido de recurso “para não adiar ainda mais essa discussão”. Segundo ele, o local onde será realizado o julgamento é indiferente para a acusação.
Apesar da decisão de não entrar com recurso, Esteves diz não acreditar na possibilidade de interferência no julgamento ou de qualquer tipo de risco aostéus.
OCAso O corpo de Eduarda Shigematsu, de 11 anos, foi encontrado enterrado no fundo do imóvel da família no dia 28
de abril de 2019 em Rolândia,
quatro dias após ter sido vista pela última vez. O pai e a avó paterna de Eduarda foram presos no dia 30 de abril de 2019.
Seidi é acusado de homicídio qualificado, tendo como qualificadores a asfixia, o recurso que dificultou a defesa da vítima e por ter sido praticado contra uma mulher em razão da condição de mulher. Além disso, foi indiciado por ocultação de cadáver e falsidade ideológica. Já Guinaia responde pelos crimes de ocultação de cadáver e falsidade ideológica. O julgamento já foi adiado ao menos três vezes.
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Julgamento do Caso Shigematsu será fora de Rolândia
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