O Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (Tjpr), na tarde desta quinta-feira (13), manteve a decisão de pronúncia que determina que Ronaldo Massuia seja julgado pelo Tribunal do Júri de Curitiba. O policial federal é acusado de matar uma pessoa e ferir outras sete em um posto de combustíveis, em Curitiba, no dia 1º de maio do ano passado.
Massuia foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) por homicídio triplamente qualificado (motivo fútil, perigo comum e surpresa que impossibilitou a defesa das vítimas), sete tentativas de homicídio também triplamente qualificadas e por peculato. Todas as qualificadoras foram mantidas.
Policial federal abriu fogo contra clientes de posto de gasolina em 1º de maio de 2022 – Foto: Reprodução/Câmera de segurança
O TJ, ainda, negou o pedido do acusado de recorrer em liberdade.
Em nota, os advogados que representam as famílias das vítimas Milena Christie Brotto e André Muniz Fritoli consideraram acertada a decisão do Tribunal e esperam que o caso seja julgado pelo Júri de Curitiba em breve.
Já o advogado que defende o policial no caso, Nilton Ribeiro, disse à Banda B que a decisão da Justiça foi equivocada e que irá recorrer.
“A defesa, com máximo respeito, entede que houve um equívoco em relação a manutenção dessas qualificadores e irá recorrer para o Superior Tribunal de Justiça, em Brasília”, afirmou Ribeiro.
O caso
O policial federal Ronaldo Massuia Silva, de 43 anos, foi preso em flagrante pouco depois de ele entrar em um posto de gasolina, no dia 1º de maio do ano passado, e atirar contra clientes. O crime aconteceu em uma loja de conveniências do posto localizado no bairro Cristo Rei, em Curitiba.
Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o policial entra na loja e abre fogo contra os clientes. No vídeo, é possível ver que os tiros foram disparados à queima-roupa. Horas após ser preso, ele disse em depoimento que agiu em legítima defesa.
Justiça mantém decisão de levar a júri popular policial acusado de atirar contra clientes em posto de Curitiba
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