No primeiro dia da greve dos professores da rede municipal de Curitiba, 91% das 185 escolas estão com atendimento nesta terça-feira (8), segundo a prefeitura da capital. Os Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) tem atendimento normal, pois não são afetados pela greve.
Foto: Vinicius Silvestrini/Rede Massa
Em resposta ao Massa News, a Secretaria Municipal da Educação afirmou que o efetivo de professores é “total ou parcial” nestas instituições. Segundo o Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac), 80% dos profissionais aderiram à greve.
A categoria fazez uma manifestação pacífica na região do Centro Cívico. A mobilização começou às 9h na Praça 19 de Dezembro, e os profissionais seguiram pela Avenida Cândido de Abreu, em direção à sede da prefeitura.
A Policia Militar e a Guarda Municipal fazem a orientação do trânsito na avenida.
Foto: Vinicius Silvestrini/Rede Massa
Foto: Sismmac
Prefeitura diz que greve é ilegal
A Prefeitura de Curitiba divulgou nota na noite de segunda-feira (7) informando que a greve foi considerada ilegal pelo Tribunal de Justiça do Paraná (Tjpr). O sindicato que representa os professores da rede municipal garantiu ainda durante a noite que a paralisação estava mantida.
Segundo o governo municipal, o desembargador substituto, Marcelo Wallbach Silva, em colaboração com o desembargador Luiz Mateus de Lima, estabeleceu multa diária de R$ 20 mil ao Sismmac.
Além disso, a decisão do magistrado determina que 100% dos profissionais do magistério devem cumprir as atividades integralmente em todas as escolas de Curitiba.
“É fundamental que a gente mantenha esse movimento. Qualquer custo da greve, seja qual for, é o sindicato que banca. A gente tem condições de bancar os custos da greve”, garantiu a presidente do Sismmac,. Diana Abreu, a respeito das possíveis multas aplicadas pela Justiça.
Greve dos professores em Curitiba
A paralisação ocorre em razão das discordâncias da categoria com o plano de carreira apresentado pela Prefeitura. O novo plano, segundo o Sismmac, não permite que todos os professores tenham crescimento na carreira.
Em 2017, o plano de carreira de servidores municipais foi suspenso até 30 de agosto de 2023, por falta de recursos, segundo a prefeitura. Quase seis anos depois, um novo projeto está tramitando na Câmara de Vereadores.
O plano de carreira horizontal, relativo à formação continuada dos profissionais, prevê que apenas 20% dos professores têm direito ao plano a cada dois anos, nos anos pares – 80% da categoria ficaria de fora.
O plano vertical, que diz respeito ao crescimento profissional com base na qualificação, prevê que 5% dos professores sejam enquadrados a cada dois anos, nos anos ímpares. Ou seja, 95% ficariam de fora.
Os professores alegam que o novo plano é injusto e que não garante oportunidades iguais para todos os profissionais. Eles pedem que a Prefeitura reveja o plano e que apresente uma proposta que seja mais justa para a categoria.
Veja a nota da Prefeitura:
Mesmo com greve, 91% das escolas estão abertas, diz Prefeitura
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