Economia Folha de Londrina, quinta-feira, 10 de agosto de 2023
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(8 economiaçafolhadelondrinacombr Folha de Londrina Oposição tenta últimas cartadas contra desestatização da Copel Ações da companhia foram colocadas na Bolsa e movimentação pode chegar a R$ 5,2 bilhões; operação é questionada no STF eno TJ Simoni Saris Reportagem Local A Copel (Companhia Paranaense de Energia) concluiu na noite desta terça-feira
seu processo de desestatização. A companhia, que passará a ser uma corporação, definiu o preço de ação de R$
8,25 na Bolsa, o que soma uma oferta de ações de R$ 4,5 bilhões, porém, segundo o jornal Estadão, o valor pode chegar aos R$ 5,2 bilhões se a venda de um lote suplementar se confirmar. As informações foram publicadas em uma nota aos acionistas e ao mercado nesta quarta-feira
A desestatização foi marcada por elevado interesse dos investidores na B3, com demanda perto de R$ 12,5 bilhões, e participação de estrangeiros, com as gestoras norte-americanas Zimmer e GQG passando a ingressar no capital da companhia, disse à Reuters uma fonte com conhecimento do assunto. A efetivação da venda de parte das ações do governo deve ocorrer nos próximos dias. Esta foi a segunda maior oferta de ações da Bolsa brasileira em 2023,
movimentando R$ 5,2 bilhões,
atrás apenas da operação da BRE, que alcançou R$ 5,4 bilhões em julho.
De acordo com o comunicado, o processo é coordenado pelos bancos BTG Pactual, Itaú BBA, Bradesco BBI,
Morgan Stanley e UBS Brasil,
com esforços de colocação internacional também conduzidos por essas instituições. “As ações colocadas no exterior deverão ser subscritas e integralizadas no Brasil. Não haverá registro da oferta ou das ações em outros órgãos reguladores,
exceto no Brasil e nos EUA”,
traz a nota.
O Estado do Paraná, que antes detinha 69,7% do capital ordinário da empresa e 31% do total, vai passar a ter cerca de
27% do capital com direito a voto e 15,6% do capital total,
isso considerando a aprovação do lote suplementar.
A oposição ao governador Ações da companhia foram reservadas na Bolsa de Valores e a venda deve ser efetivada até sexta-feira (11)
Ratinho Junior (PSD) ainda tenta as últimas cartadas para reverter a desestatização da companhia. Até a noite desta quarta-feira o PT (Partido dos Trabalhadores), de oposição ao governo do Paraná, aguardava pela análise,
pelo STF (Supremo Tribunal Federal), da Tutela Antecipada Incidental na Ação Direta de Inconstitucionalidade movida pelo partido contra a privatização da Copel. Caso os ministros do Supremo votem favoravelmente pela liminar,
o processo de desestatização da companhia paranaense de energia será suspenso.
A oposição também espera o posicionamento do TJ-PR
(Tribunal de Justiça do Paraná) a respeito do mandado de segurança impetrado contra o presidente do TCE-PR (Tribunal de Contas do Estado do Paraná), Fernando Guimarães,
que na segunda-feira derrubou decisão liminar do conselheiro do Tribunal de Contas Maurício Requião, que suspendia temporariamente o processo de privatização da Copel.
“Ainda não acabou (o processo de privatização). Temos um pedido de liminar no STE,
temos um mandado de segurança impetrado no TJ contra o presidente do TCE-PR e segundo o julgamento do mérito da ADI, todo o processo pode ser anulado”, disse o deputado estadual e presidente do PT no Paraná, Arilson Chiorato.
Na ADI 7.408 o PT questiona, no STE, a privatização da Copel. Na avaliação do partido autor da ação, a Lei estadual 21.272/2022, de iniciativa do governador Ratinho Junior e que autoriza a privatização, viola o pacto federativo e é uma tentativa de interferência do Estado em direito de propriedade da União. O PT argumenta que o BNDESPar (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) detém cerca de 24% do capital social da companhia de energia e que o governo do Paraná manterá 15% do capital social e 10% da quantidade total de votos da companhia.
A norma proíbe que acionista ou grupo de acionistas exerça votos em número superior a 10% da quantidade de ações em que se dividir o capital votante da Copel.
O processo de venda da Copel andou rápido. Foram dez meses desde que o governo estadual anunciou sua intenção de privatizar a estatal de energia. Até setembro do ano passado, sempre que questionado, o governador Ratinho Junior negava a intenção de desestatizar a companhia.
Até o momento, o governo do Paraná só se pronunciou sobre a venda da Copel por meio de nota oficial na qual ressalta que o Estado seguirá como acionista relevante após a conclusão do processo de venda. O governo estadual será o único com direito a uma golden share, ação de classe especial que garante poder de veto em determinadas decisões da companhia, tais como a manutenção de sua sede no Paraná e investimento mínimo na distribuição de energia.
Com a transformação da Copel em corporação, ressaltou o governo, o Estado deverá arrecadar novos recursos para utilizar, “de maneira imediata”, em obras de habitação, educação,
infraestrutura urbana e rodoviária e sustentabilidade.
Por lei, o dinheiro da venda da estatal deve ser destinado a investimentos e não pode ser usado no pagamento de dívidas.
Na área da habitação, o Estado prevê a destinação de R$
500 milhões ao programa Casa Fácil e, na educação, outros R$
500 milhões deverão ser utilizados na reforma de 400 colégios da rede estadual e na continuidade de um programa de construção de Escolas de Educação Especial em diversas regiões paranaenses, em parceria com as prefeituras e as Apaes (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais).
Recursos obtidos a partir da venda da companhia de energia também deverão financiar o programa Asfalto Novo, Vida Nova, com convênios para pavimentação em municípios pequenos, construção de parques urbanos e obras de infraestrutura rodoviária.
BoteconaPraça começahoje comoSamba Reportagem Local As barraquinhas gastronômicas vão tomar conta novamente da Praça Gabriel Martins (Calçadão) nos dias 10
(quinta) e 11 (sexta), a partir das 17 horas, com o Boteco na Praça, realizado pela Associação Comercial e Industrial de Londrina - ACIL. Como atrações musicais, foram confirmados shows do grupo Samba da Padaria (dia 10) e da cantora Rakelly Calliari (dia
11). O evento é aberto ao público e tem o objetivo de atrair consumidores para as lojas de rua às vésperas do Dia dos Pais, além de estimular a ocupação saudável do espaço púbilico, integrando-se ao projeto de revitalização da área central de Londrina.
O cardápio é dedicado aos aperitivos de botequim, incluindo pastel, panceta, torresmo, dobradinha, batata frita,
espetinho, crepe, mandioca frita, caldinho de feijão, espaguete, nhoque, calabresa acebolada, sanduíche de pernil e isca de peixe, além de churros, brownies, cookies, refrigerantes, caipirinhas e chope.
À iniciativa integra o projeto Feira na Praça, da ACIL, que apresenta versões temáticas relacionadas a datas comemorativas ao longo do ano.
Além de oferecer opções de lazer no Calçadão, o Boteco na Praça também quer estimular as lojas a permanecerem abertas até mais tarde, uma vez que a nova legislação municipal permite a abertura do comércio de rua até às 22 horas, de segunda a sábado.
“É importante que o comerciante de Londrina esteja preparado para receber o consumidor durante as compras para o Dia dos Pais. É preciso ficar atento às preferências do cliente e garantir um atendimento ágil e de qualidade, seja na loja física ou online. O Boteco na Praça é uma forma de ocupar o espaço público de maneira lúdica, oferecendo entretenimento para o público que for ao Calçadão em busca de presentes para os Dias dos Pais. Esta ação também está em consonância com as estratégias para revitalização do Centro, estimulando os lojistas a ficarem abertos até mais tarde, dentro das possibilidades da nova legislação municipal”, ressalta Angelo Pamplona, presidente da ACIL.
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Oposição tenta últimas cartadas contra desestatização da Copel
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