João Guilherme Pacheco Flores, homem que matou uma pessoa e deixou outras três feridas no bar Distrito, em Curitiba, virou réu por homicídio e três tentativas de homicídio. A Justiça aceitou a decisão do MPPR (Ministério Público do Paraná), que considerou os crimes triplamente qualificados: motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa das vítimas.
A juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler pediu que a defesa do réu apresente comprovantes de tratamento psiquiátrico e psicológico – tese apresentada em depoimento – e manteve a prisão preventiva. A defesa tem prazo de 10 dias para responder à acusação.
O Paraná Portal procurou a defesa de Flores, que até o momento não se manifestou sobre a decisão. O advogado tem prazo de 10 dias para responder ao Tjpr (Tribunal de Justiça do Paraná).
Entenda o caso
Na madrugada do dia 22 de julho, Flores estava com seis facas na mochila e atacou os clientes do Bar Distrito 1340. O empresário Mauri José Glus, de 49 anos, morreu no local. Outras três pessoas ficaram feridas e foram encaminhadas para hospitais da Capital.
O réu, João Guilherme Pacheco Flores, também se feriu. Ele foi preso em flagrante e encaminhado para um hospital, com escolta policial. Quando recebeu alta, foi preso.
Na época, uma das versões é que ele teria começado a agredir os clientes, de forma aleatória, depois de ser repreendido por acender um cigarro. Imagens obtidas pela PCPR (Polícia Civil do Paraná) mostram que o autor do ataque teria exposto as facas na mesa do bar antes das agressões.
Em depoimento, ele disse que entrou com as facas tranquilamente e não passou por nenhum tipo de revista. Flores também argumentou que não se lembra do momento do ataque e que a memória retorna somente depois, quando já estava contido.
Em nota, o bar lamentou o incidente e prestou solidariedade às vítimas e familiares. O estabelecimento informou, na época, que auxiliaria nas investigações.
Caso Distrito: autor de ataque em bar de Curitiba vira réu
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