O Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontou em sua última publicação que mais de 4.600 casos de violência doméstica contra a mulher foram registrados por mês no Paraná, em 2022. No entanto, nos casos mais graves de agressão, 45% das vítimas acabam não tomando qualquer atitude. Entre as que procuram ajuda, 22% recorrem aos familiares, 13% aos amigos, 12% realizam denúncias na delegacia da mulher e 7% em delegacias comuns. Por fim, 7% acionaram a Polícia Militar pelo telefone 190 e apenas 2% ligaram para a Central de Atendimento à Mulher no número 180.
Como parte da campanha Agosto Lilás, a Polícia Civil do Paraná tem reforçado a importância da denúncia, do registro do Boletim de Ocorrência e por fim a representação do B.O. para a continuidade do processo criminal, como explica a delegada Emanuele Siqueira.
A instauração do inquérito só ocorre após esta representação.
Com isso, é possível também acionar mecanismos judiciais de defesa da vítima, como as medidas protetivas. Em todo o Estado, mais de 30 mil mulheres receberam medidas protetivas de urgência do Tribunal de Justiça do Paraná (Tjpr) em 2022. Em sua maioria, elas impedem que o agressor se aproxime da vítima e que tenha contato com ela.
As denúncias de violência contra a mulher podem ser feitas pela Central de Atendimento à Mulher no Ligue 180 ou pelo próprio 190 da Polícia Militar, caso a situação esteja ocorrendo naquele instante.
Representação do Boletim de Ocorrência é fundamental em casos de violência contra mulher
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