Folha de Londrina, 02 e 03 de setembro de 2023
* pg Scans Alunos protestam contra suspeita de pressão em colégio de Sarandi A instituição de ensino entrou em evidência desde que alunos fizeram um vídeo ironizando as más condições de infraestrutura do colégio Luís Fernando Wiltemburg Reportagem Local Alunos de escolas de Sarandi promoveram uma manifestação contra o governo do Estado na quarta-feira (30) para protestar contra o Novo Ensino Médio e contra uma possível opressão exercida sobre o Colégio Estadual Jardim Panorama. A data coincide com a do massacre de professores em Curitiba, em 1988, que é recordado por ações dos docentes do Paraná em todos os anos.
A escola estadual entrou em evidência desde que alunos, em uma atividade avaliativa de Artes, fizeram um vídeo ironizando as más condições de infraestrutura do colégio. A gravação viralizou nas redes sociais e, desde então,
servidores da Seed (Secretaria Estadual de Educação) e da Fundepar (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional) passaram a fazer seguidas inspeções administrativas.
Em frente à escola estadual, alunos carregavam cartazes e gritavam palavras de ordem a favor da revogação do Novo Ensino Médio e contra a ação da pasta de Educação. “Fizemos o ato [de quarta-feira] em razão da posição que o Núcleo
[Regional de Ensino] tomou ao ver o vídeo de denúncia que alunos do [colégio jardim] Panorama fizeram. Era um trabalho escolar de tema livre, quando os alunos viram a situação da escola, resolveram mostrar a realidade. Ao invés de o Núcleo ver esse vídeo e tomar uma ação, de oferecer condições para mudar isso, eles resolveram reprimir, fazer pressão em cima dos alunos. Foram um dia no colégio, chamaram os alunos sem consentimento dos pais, a pressão que eles fizeram levou um aluno a desmaiar. Começaram a cair em cima da direção da escola”, relatam membros do Comitê Revoga N.E.M./SarandiPR, que organizou o ato - 0 coletivo é composto por 15 estudantes.
Explosão em caldeira de metalúrgica deixa quatro mortos em SP Francisco Lima Neto Folhapress São Paulo - A caldeira de uma metalúrgica explodiu na manhã desta sexta-feira
em Cabreúva, interior de São Paulo, e atingiu dezenas de trabalhadores. Quatro pessoas morreram, segundo a prefeitura.
Uma das vítimas morreu no local, no momento da explosão. De acordo com o mais recente boletim da administração municipal, ao menos 30 vítimas deram entrada na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e na Santa Casa do município.
Dessas, sete estavam em estado grave e precisaram ser intubadas e transferidas para hospitais da região e da cidade de São Paulo.
Anteriormente, a Defesa Civil estadual havia informado que eram 12 feridos e uma pessoa estava desaparecida.
Em suas redes sociais,
a prefeitura informou que
14 pacientes estáveis foram transferidos para a Santa Casa e outros estão em atendimento na UPA do Jacaré (distrito próximo).
O Hospital São Vicente de Paulo, em Jundiaí, cidade vizinha a Cabreúva, confirmou a internação de dois pacientes em estado grave.
A Secretaria de Estado da Saúde afirmou que acionou a rede de saúde regional para suporte às vítimas.
Duas delas foram levadas para o Hospital de Clínicas da Unicamp e uma para o Hospital Estadual de Sumaré, de acordo com a Central de Regulação da Secretaria Municipal de Saúde de Campinas.
Os alunos ressaltam a liberdade de poder expressar suas opiniões e consideram que a inquirição aos estudantes foi uma tentativa de censurá-los.
“Nós repudiamos essa ação e,
mesmo depois de isso ter tomado repercussão, o Núcleo não se explicou, muito menos pediu desculpas para os alunos pelo o ocorrido”, defendem.
A Seed (Secretaria Estadual de Educação) voltou a sustentar, em comunicado oficial, que “considera importante a iniciativa dos alunos, em termos de exercício de cidadania dentro da atividade proposta e defende a liberdade de expressão dos mesmos”.
PRESSÃO As suspeitas de pressão por parte da Seed e do Fundepar surgiram logo após o vídeo dos alunos viralizar devido às constantes visitas de avaliação e fiscalização. Embora sejam voltadas para a direção da escola,
os alunos autores do vídeo foram chamados para uma oitiva, que chegou a provocar uma crise em um deles.
Na segunda-feira deputados estaduais do bloco de oposição ao governo cobraram do governador Ratinho Junior
(PSD) apuração e providências em relação às suspeitas de perseguição contra alunos e professores do Colégio Jardim Panorama.
A Seed informou, por meio de nota, que a visita de 22
de agosto (quando o estudante passou mal) de servidores da pasta e do NRE de Maringá foi técnica e protocolar e que é regular em todas as escolas do Paraná.
“Para realizar tais avaliações, as equipes técnicas fazem oitivas de toda a comunidade escolar (alunos, professores, gestores e colaboradores),
para levantar dados referentes a múltiplos assuntos, como frequência escolar, aplicação de recursos repassados pelo Estado, entre outros”, justifica o comunicado.
Prefeitura de Cabreúva/AFP O impacto da explosão, que causou estrondo e muita fumaça, destruiu a metalúrgica Campinas | disponibilizou três leitos do seu Centro de Tratamento de Queimados,
além de toda a rede de urgência e emergência, para a Cross (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde) para o eventual encaminhamento de outras vítimas do acidente para a cidade.
As causas da explosão ainda estão sendo investigadas.
Segundo os Bombeiros, a empresa fica na rua David Marcassa Lopes, no bairro Pinhal,
na zona rural do município.
O impacto da explosão, que causou estrondo e muita fumaça, destruiu a metalúrgica.
A Prefeitura de Cabreúva decretou luto oficial de três dias.
Neste sábado será disponibilizado plantão para atendimento psicológico às vítimas e familiares na UPA do Jacaré,
das9hàs1lh.
Todos os eventos públicos programados para o fim de semana foram cancelados no município.
Justiçaaceita denúnciacontra médico suspeito deabuso Jéssica Sabbadini Especial para a FOLHA O TJ-PR (Tribunal de Justiça do Paraná) acatou a denúncia do MP-PR (Ministério Público) contra o médico ginecologista suspeito de abusar sexualmente de dezenas de mulheres em Maringá (Noroeste). Felipe Sá está preso desde 15 de junho e teve um pedido de habeas corpus negado pela Justiça no início de julho. De acordo com a denúncia feita pelo MP, ele é investigado pela prática de 23 violações sexuais mediante fraude e 14 tentativas de violação, além da prática de violência psicológica e estupro de vulnerável.
De acordo com informações da Delegacia da Mulher de Maringá, três mulheres procuraram a polícia em março para fazer a denúncia contra o médico por abuso sexual. Com o decorrer das investigações, o mandado de prisão temporária foi expedido em 15 de junho e convertido em prisão preventiva na sequência. Ao todo, 37 mulheres supostas vítimas de Sá foram ouvidas ao longo do inquérito.
Sá teve um pedido de habeas corpus negado pela Justiça no começo de julho e está preso na cidade de Paiçandu, a 15 quilômetros de Maringá. De acordo com a delegacia, os crimes sexuais eram cometidos dentro do consultório médico.
Em nota, o MP disse que,
por meio da 12º Promotoria de Justiça de Maringá,
“ofereceu denúncia criminal contra um médico investigado pela prática de
23 violações sexuais mediante fraude e 14 tentativas de violações sexuais, além da prática de violência psicológica e estupro de vulnerável”.
Aação tramita na 4º Vara Criminal de Maringá, que disse que recebeu a denúncia por verificar que “existem indícios da prática delitiva narrada pelo Ministério Público”. O réu vai ser intimado a responder a acusação de forma escrita.
Na sequência, deve entrar a fase instrutória, com a oitiva das vítimas, das testemunhas e, por fim, do réu,
cabendo ao juiz deliberar a sentença. Não há prazo definido para que o processo seja concluído.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Felipe Sá.
[ Q pressreader PRINTED AND DISTRIBUTED BY PRESSREADER PressReader.com +1 604 278 4604
COPYRIGHT AND PROTECTED BY APPLICABLE LAW
Justiça aceita denúncia contra médico suspeito de abuso
2|24