A desembargadora Maria José Teixeira, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ/PR) acatou denúncia do Ministério Público do Paraná (MP/PR) por peculato e concussão, pela prática de “rachadinha”, com o emprego de funcionários “fantasmas” e retenção de salários de ex-assessores. A informação é da RPC e do G1 Paraná. Ribeiro nega as acusações.
Com o acatamento parcial da denúncia em abril, o parlamentar se tornou réu pelos dois crimes. Na decisão, a desembargadora apontou que “a acusação está amparada em documentos, depoimentos e diligências suficientes”. De acordo com o MP, os crimes teriam sido cometidos durante a primeira campanha de Ribeiro à Assembleia Legislativa, em 2010.
De acordo com a promotoria, o deputado teria oferecido cargos em comissão para pessoas que trabalharam em sua campanha. Segundo a acusação, Ribeiro oferecia o trabalho sem que os assessores tivessem que comparecer ou efetivamente realizar o serbiço. Em troca, ele teria exigido pagamentos de parte dos salários desses assessores. A denúncia envolve oito pessoas que seriam funcionários “fantasmas” ou devolviam os salários ao parlamentar, em valores que vão de R$ 2,4 mil a R$ 79 mil.
Entre os ocupantes de cargos em comissão estaria uma mulher que trabalhava como taxista e seguiu na função, apesar de receber salários como assessora de Ribeiro. A ação aponta ainda um depósito de R$ 44 mil feito pela esposa de um funcionário que seria “fantasma” ao deputado Ribeiro em agosto de 2013. À RPC, ele alegou que o dinheiro seria pela compra de um veículo.
Questionado, Ribeiro afirmou que os funcionários de seu gabinete tinham cartão ponto. Ele confirmou ter prometido emprego para quem trabalhou em sua campanha, mas garantiu que todos trabalhavam. Ele negou ter exigido parte dos salários de assessores.
Deputado Gilberto Ribeiro vira réu em processo sobre ‘rachadinha’
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