O Governo do Paraná exonerou o servidor Lucas Dorini Sabatto, lotado na Secretaria de Justiça e Cidadania desde de julho deste ano. Ele é um dos alvos da operação do Ministério Público, que investiga crimes contra o a administração pública, “como rachadinha” a pessoas ligadas ao Deputado Estadual Ricardo Arruda (PL).
Nessa quarta-feira (25), a casa do parlamentar, em Curitiba, e o gabinete dele foram alvos da operação Fração do Gaeco. Ao todo dez mandados de busca e apreensão foram cumpridos na capital paranaense, em São Paulo capital, na casa da filha de Arruda, e no município paulista de Espírito Santo do Pinhal.
De acordo com a nota divulgada pelo governo estadual, “o servidor, alvo de investigação do Ministério Público, não fazia parte do quadro do Executivo, em 2019, período investigado pelo Gaeco. Na época, ele era funcionário do gabinete do deputado Ricardo Arruda, sem nenhuma vinculação com o Governo do Estado”.
Em nota a defesa de Arruda afirma que foi “uma busca desnecessária, decorrente de uma investigação de 2020, já devidamente elucidada”. Os alvos do MP são investigados por crimes de concussão (exigir vantagem indevida), ocultação de bens, lavagem de dinheiro e compartilhamento de salários de assessores e parlamentares, prática conhecida como “rachadinha”.
Os mandados foram expedidos pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná e executados por agentes do Gaeco, com apoio da Polícia Civil paranaense e do Ministério Público de São Paulo. A reportagem não conseguiu contato com o servidor exonerado, até o momento.