O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) definiu que o júri popular do caso Eduarda Shigematsu será realizado em Londrina. No entanto, ainda não há uma data para a realização do julgamento, que vem sendo adiado desde maio do ano passado. Eduarda tinha 11 anos quando foi encontrada morta e enterrada nos fundos da casa do pai, Ricardo Seidi, em Rolândia, no norte do Paraná, em abril de 2019. Seidi foi preso logo após a descoberta do corpo e é o principal suspeito de matar e ocultar o cadáver da própria filha. Ele nega o assassinato. A avó da menina, Terezinha de Jesus Guinaia, também é ré no processo, acusada de falsidade ideológica e ocultação de cadáver. Assim como o filho, ela nega as acusações. A transferência do júri de Rolândia para Londrina atende a um pedido dos advogados de Seidi, que argumentaram que, como o caso gerou grande repercussão, era necessário realizar o júri em uma localidade que oferecesse a devida imparcialidade ao caso. O pedido de desaforamento foi atendido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e, agora, colocado em prática pelo TJ-PR. O advogado Leonardo Valter, que representa Seidi, garantiu, entretanto, que a defesa pretende recorrer novamente da decisão, uma vez que, conforme ele, Londrina fica muito perto de Rolândia, e o julgamento, caso seja realizado na nova comarca, continuará a ser contaminado pela comoção gerada pelo crime.
Já o advogado Hugo Esteves, que representa a mãe de Eduarda, afirmou ter recebido a decisão do TJ-PR com certo alívio. Ele espera que a data do júri popular seja marcada o quanto antes, e que, após tantos adiamentos, Seidi e Terezinha sejam julgados pela morte da criança.
Segundo o defensor, foi possível juntar, ao longo da investigação, elementos probatórios suficientes para comprovar o envolvimento dos réus na morte de Eduarda. Esteves disse que a família materna da menina espera que tanto Seidi quanto Terezinha sejam condenados pelos crimes que respondem.
Julgamento do caso Eduarda Shigematsu será realizado em Londrina
5|4