O juiz Guilherme Moraes Nieto se declarou suspeito e pediu para deixar o processo contra os acusados de envolvimento no assassinato do jogador de futebol Daniel Corrêa Freitas. Foi o quarto juiz a se afastar do caso desde o início da ação penal. Para o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), o magistrado justificou o afastamento por “motivos de foro íntimo”. O crime aconteceu há mais de cinco anos.
O presidente do TJ-PR, desembargador Luiz Fernando Tomasi Keppen, tinha designado o juiz substituto Guilherme Moraes Nieto no fim da semana passada. Antes, o juiz de Direito substituto Marcos Takao Toda se declarou suspeito e pediu para deixar o processo sobre os acusados de assassinar o jogador de futebol Daniel Corrêa Freitas por “motivos de foro íntimo”. Foi o terceiro juiz a se afastar do caso desde o início da ação. Anteriormente, o juiz Diego Paolo Barausse se declarou suspeito e a juíza Luciani Regina Martins de Paula alegou impedimento.
Nos próximos dias, o Tjpr deve designar um novo juiz.
O crime
O corpo de Daniel foi encontrado na zona rural de São José dos Pinhais na manhã de 27 de outubro de 2018. Ele apresentava degola parcial e estava com o pênis decepado. As investigações apontaram que o jovem foi assassinado após uma confusão na casa da família Brittes. O jogador havia participado da festa de aniversário de 18 anos de Allana, que ocorreu em uma casa noturna de Curitiba (Boate Shed) e na sequência, seguiu com a família e amigos da jovem para continuar a festinha na casa da garota.
As investigações apontaram que durante a madrugada Daniel entrou no quarto de Cristina Brittes enquanto ela dormia, tirou fotos ao lado dela e enviou para amigos pelo Whatsapp. Foi quando Edison Brittes teria entrado no quarto e espancado o rapaz com ajuda de outras pessoas. Essa parte do crime ainda deve ser esclarecida, para apontar os responsáveis pelo espancamento e de que forma isso aconteceu. Eduardo da Silva, Ygor King, David Silva, convidados da festa, também foram acusados de envolvimento na morte do jogador. Evellyn Perusso, que não está presa, é acusada de falso testemunho.
Edison e Cristiana Brittes respondem pelo crime junto com a filha, Allana, e outros quatro réus: David Willian Vollero Silva, Eduardo Henrique Ribeiro da Silva e Ygor King. Somente Edison e Eduardo Henrique Ribeiro da Silva seguem presos.
Caso Daniel: quarto juiz deixa ação penal sobre assassinato de jogador
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