A defesa técnica de Onildo Chaves de Cordova II, empresário acusado de ser o mandante da morte de Fabrizzio Machado da Silva em março de 2017. A vítima era presidente da Associação Brasileira de Combate a Fraudes de Combustíveis (ABCFC), conseguiu suspender o julgamento agendado para esta terça-feira, 30 de janeiro. A defesa deixou a sessão plenária, impedindo o andamento do processo.
Em nota, a defesa justificou a atitude como resultado ‘do cerceamento de defesa imposto pelo magistrado, presidente da sessão plenária que julgaria o caso de Onildo Chaves de Córdova II”.
O advogado Adriano Bretas esclarece que ficou ‘claro e notório o impedimento do trabalho da defesa, tendo os advogados o impedimento de fala, dois advogados de permanência em plenário, “não satisfeito o juiz ainda, antes mesmo de qualquer manifestação do Ministério Público, ordenou que escolta prendesse Onildo Chaves de Córdova II, em um claro ato autoritário’.
Ainda conforme a nota, a defesa técnica de Onildo Chaves de Cordova II esclarece que todas as tentativas do exercício da ampla defesa, dentro de um julgamento justo e de paridade de armas, foram feitas, porém isso não foi o suficiente. “Não restando outra alternativa, a fim de garantir o direito da ampla defesa e de um julgamento justo, a defesa decidiu usar de sua retirada justificada do plenário de modo a buscar sanear todo e qualquer ato de nulidade e de prejuízo ao bom andamento da justiça”, explicou Bretas.
O crime
Fabrizzio Machado Silva foi morto a tiros pouco depois das 22 horas do dia 23 de março de 2017 quando chegava de carro em casa, no bairro Capão da Imbuia, em Curitiba. Segundo denúncia do Ministério Público do Paraná (MPPR), Onildo Chaves de Córdova II, dono de um posto de combustíveis, encomendou a morte de Fabrizzio.
O empresário, segundo investigações, procurou outro acusado, Jeferson Rocha da Silva, que indicou Patrick Jurczyszyn Leandro para executar o crime.
O quarto réu é Matheus Willian Marcondes Guedes que ajudou no crime dirigindo o veículo usado no dia do crime. Patrick iria receber R$ 20 mil pelo assassinato.
Segundo a denúncia do Ministério Público do Paraná (MPPR), Silva investigava fraudes em postos de combustíveis e o homicídio teve relação com a atividade de fiscalização.
Quando ele foi morto, ele ajudava uma equipe de jornalistas a fazer uma reportagem sobre a fraude de combustíveis em São Paulo, Paraná e Santa Catarina.
Defesa se retira e júri de empresário que mandou matar fiscal de postos é suspenso
5|25