Folha de Londrina, sexta-feira, 09 de fevereiro de 2024
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[EDITORIAL Violência, a realidade enfrentada por muitas mulheres Mais um crime em Londrina expõe a violência contra a mulher e mostra que a escalada do feminicídio no Brasil parece não ter fim. A empresária e cabeleireira Claudia Ferraz Maceo, 45, foi morta na casa onde morava, no jardim Roveri, na zona leste de Londrina. A mulher foi encontrada morta na cama, com um ferimento extenso no pescoço. Segundo o bombeiro que atendeu a ocorrência, há indicativos de que não houve resistência.
O namorado da vítima, Arthur Henrique Rockenbach, 30, foi preso em flagrante na casa onde eles moravam. De acordo com a Polícia Militar, o homem confessou o crime e disse que matou a mulher com golpe de faca por motivo de ciúmes.
Ainda segundo a polícia, o crime teria acontecido
[ESPAÇO ABERTO Aimprensa familiar brasileira e sua apneia existencial Leio, nos jornalões (Folha de SP; Estadão; Globo)
uma grita contra a decisão monocrática do Ministro Tóffoli que, atendendo pleito liminar da construtora Norberto Odebrecht, ordenou a suspensão (repito: a suspensão) do pagamento dos valores alusivos ao acordo de leniência outrora firmado com lastro nos elementos de convicção e fontes de decisão emanados da falecida operação Lava Jato.
A decisão do ministro veio ditada na sequência de uma outra decisão sua, que anulou os elementos colhidos a partir do acordo de leniência (da própria Odebrecht) e de seus sistemas usados para pagamentos de propina, Drousys e My Web Day.
Neste entorno, Tóffoli declarou, como decorrência lógica de seu entendimento, a imprestabilidade dos elementos derivados da leniência e dos sistemas já mencionados, em qualquer âmbito ou grau de jurisdição.
Com a ora ordenada suspensão de pagamento do acordo de leniência, o ministro protege sua decisão anterior, ao tempo em que traz luz e racionalidade às circunstâncias que envolvem o entorno do que a Lava Jato ea construtora baiana têm em comum, naquilo que põe um freio ao escárnio da construtora seguir pagando por um acordo de leniência para o qual convergira com suporte nos elementos colhidos pela Lava Jato e nulificados pela decisão do ministro.
Em síntese, o ministro conduziu a questão posta pela Odebrecht nos lindes do estado democrático de direito.
Folha de Londrina por volta das 23h (de quarta-feira, dia 7) e o suspeito passou a noite inteira ao lado do corpo.
Chamou atenção das autoridades o fato de ele não ter demonstrado arrependimento e também a suposta intenção do namorado de incendiar a casa para apagar os vestígios do crime, já que uma boa quantidade de gasolina havia sido derramada pela casa.
Os dois estariam namorando há cerca de seis meses, com o casal convivendo na residência há três meses. Ainda segundo a polícia, familiares da vítima relataram que o casal tinha histórico de brigas e o lado ciumento do rapaz. A vítima deixou três filhos, sendo dois menores de idade.
O Brasil está entre os países com maior índice de homicídios praticados contra mulheres. Se você já ouviu a expressão que o machismo e o ciúme matam, também já deve ter ouvido sobre o termo feminicídio, que trata do assassinato de mulheres por questões de gênero.
Por que, então, há grita nas prensas dos Mesquita, dos Frias e dos Marinho?
Porque, para eles, o estado de direito, além de não ser democrático, não é senão um ersatz dos interesses da elite econômica do país, na composição supremacista de nosso atraso secular.
Ora dirão ouvir estrelas - e bobagens também.
Para estes, que se apegam tão somente aos próprios interesses, lembro que a Odebrecht, embora multimilionária, ao colidir com a demanda imperialista capitaneada pela Lava Jato, mais que depressa foi descartada pela imprensa familiar.
Neoliberalismo baby; neoliberalismo...
Historicamente, nossa imprensa familiar (Frias + Marinho + Civita + Mesquita) de brasileira nada tem, naquilo que a volatilidade de suas posições atende sempre o arrebatamento próprio, ditado pela paga de quem lucra com suas prensas de aluguel.
Neste contexto, conteúdo nacional não é senão, para as famílias quatrocentonas do nanquim, uma tolice de idealistas que, por não ter porvir ou eira e beira, poderia encaminhar o país a um regime comunista.
Quanta bobagem, ainda, passará sob a ponte do rio de nossa história?
Aqui, como em tantos outros lugares, reconheço a ausência de Paulo Freire e, mais que nunca, entendo seus detratores - afinal, pensar começa com conhecer e,
conhecer, não é senão um dos amálgamas do saber.
Assim, um povo conhecedor de e da história, seria quase impossível de ludibriar com as gritas pontuais dos ignorantes de nossos dias.
Pauta antivacina? Terraplanismo? Machismo? RacisO TJ-PR (Tribunal de Justiça do Paraná) esclarece,
em seu site, que a palavra feminicídio ganhou destaque no Brasil quando a Lei nº 13.104/2015 foi aprovada e que essa circunstância qualificadora do crime de homicídio foi incluída no rol de crimes hediondos.
No Brasil, esse tipo de crime é um problema bastante grave, que reflete questões culturais, sociais e estruturais profundamente enraizadas na sociedade. E que cresce em número de ocorrências também pela impunidade, desigualdade de gênero e falta de políticas eficazes de prevenção e proteção às mulheres.
Para combater o feminicídio, é preciso promover uma educação e uma conscientização para a igualdade de gênero, além da aplicação rigorosa da lei e de políticas públicas voltadas para prevenir a violência contra a mulher.
Obrigado por ler a FOLHA!
mo? Fascismo? Células neonazistas? Misoginia? Não prosperariam se a população, além de saber ler, conhecesse história e tivesse noções básicas de sociologia.
Eis, pois, o contraponto ao levante fascista - conhecimento.
Neste entorno, seria muito mais produtivo e melhor serviria ao estado democrático se, antes de desancar as decisões de um ministro do Supremo, os jornalões almejassem alguma honestidade em suas manifestações.
Com leitores mais afeitos aos meandros da cultura, forjados nas questões e no conhecimento da história, seria quase impossível tanger uma massa de manobra com ênfase nesse proselitismo exangue que os jornalões propagam ao alvedrio da verdade e do compromisso com a racionalidade.
“Nada será como antes, amanhã tudo bem" - pega por aqui que, entre o antes e o amanhã se imiscui o hoje e,
hoje, já não dá para criticar as decisões da Suprema corte apenas e tão somente porque elas nos desagradam.
Deveras, ignaros sempre estarão à disposição das prosopopeias dos jornalões, pródigos pelo e no descompromisso com a verdade, naquilo que há muito se desligaram da história - por pura ignorância.
Assim é que, entre o fato histórico e a verdade enviesada da imprensa familiar (Frias + Marinho + Civita +
Mesquita) tupiniquim, se impõe o interesse econômico que conduz a prensa em sua colisão cotidiana com o conteúdo nacional.
A caterva elitista não é senão porta voz dos interesses próprios, desligada de qualquer valor empático e apartada do pensamento progressista, cuja pauta é inclusiva
-afinal, se o peixe é pouco, o pirão da elite há de ser servido por primeiro.
Tristes trópicos. Saudade pai!
João dos Santos Gomes Filho, advogado Os artigos, cartas e comentários publicados não refletem, necessariamente, a opinião da Folha de Londrina, que os reproduz em exercício da sua atividade jornalística e diante da liberdade de expressão e comunicação que lhe são inerentes. | Os artigos devem conter dados do autor e ter no máximo 3.800 caracteres e no mínimo 1.500 caracteres. | As cartas devem ter no máximo 700 caracteres e vir acompanhadas de nome completo, RG, endereço, cidade, telefone e profissão ou ocupação. | As opiniões poderão ser resumidas pelo jornal. |
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Violência, a realidade enfrentada por muitas mulheres
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