O julgamento dos acusados de envolvimento na morte de Eduarda Shigematsu em Rolândia, no norte do Paraná, que estava marcado para quinta-feira (7), foi novamente adiado. É a quarta vez que ocorre o cancelamento.
Não há data definida para um novo julgamento. Veja os motivos dos cancelamentos abaixo.
Eduarda foi encontrada morta, enterrada no fundo de uma casa que pertence ao pai dela, em abril de 2019. Ricardo Seidi está preso desde então.
A avó de Eduarda, Terezinha de Jesus, chegou a ser presa, mas atualmente responde em liberdade. Defesa disse que ela é inocente.
Em depoimentos prestados à Justiça, ele confessou que ocultou o corpo da filha, mas negou que tenha assassinado a criança. Disse que encontrou a filha morta em um quarto da casa e que o desespero o levou a enterrar o corpo.
A defesa recorreu da decisão para o julgamento não ser em Londrina devido à proximidade com Rolândia.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) acatou o pedido que mudou o local de julgamento.
A justificativa da defesa é porque o caso ganhou grande repercussão nacional e, a mudança, é para garantir uma segurança maior e a "celeridade" e "agilidade" do processo.
A justiça do Paraná vai definir um novo local para ocorrer o julgamento que não tem previsão para decisão.
4° Adiamento
Esse é quarto cancelamento para o julgamento dos réus;
4° - 7 de março de 2024: Adiado porque a defesa entende que a comarca de Londrina é próxima a Rolândia e que afetaria a "celeridade" do processo. Decisão foi do STJ.
Em 2023, o Tribunal do Justiça do Paraná (TJ-PR) manteve o tribunal de júri ser em Londrina, mas a defesa recorreu ao STJ para que fosse alterado o local.
Família revoltada
Em nota, a defesa da mãe de Eduarda disse que lamenta a decisão do STJ e que que a "justiça seja feita" em breve.
A família e a defesa optou por não gravar, mas informaram que estão "tristes" com a situação.
O crime
De acordo com a Polícia Civil, o crime aconteceu em Rolândia, a 25 quilômetros de Londrina.
O corpo de Eduarda, que tinha 11 anos na época, foi encontrado enterrado em abril de 2019 nos fundos de um imóvel que pertence ao pai dela.
Os réus
Ricardo Seidi está preso desde 2019. Ele responde por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica.
Durante o processo, ele sempre negou ter matado a filha. Disse que já a encontrou morta e confessou apenas a ocultação do corpo.
A avó de Eduarda, Terezinha de Jesus, chegou a ser presa, mas atualmente responde em liberdade. O Ministério Público afirma que ela teria envolvimento no crime, o que é negado pela defesa.
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Justiça adia, pela 4° vez, julgamento de acusados de envolvimento na morte de Eduarda Shigematsu
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