A desembargadora Lidia Maejima, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), determinou nesta sexta-feira (22) a soltura de Allana Brittes, condenada por fraude processual, corrupção de menores e coação durante a investigação da morte do jogador de futebol Daniel Corrêa Freitas.
O g1 tenta contato com a defesa da condenada para saber se o alvará de soltura concedido pela Justiça já foi cumprido e se ela foi solta.
Allana e outros seis réus foram julgados por três dias no Tribunal do Júri de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).
Allana foi condenada na quarta-feira (20) a 7 anos, 5 meses e 21 dias de prisão em regime fechado (reclusão); e a 9 meses e 10 dias de detenção, que pode ser cumprida em regime aberto. Veja abaixo o resultado do julgamento.
A pena foi corrigida nesta sexta pelo juiz Thiago Flores, que presidiu o julgamento, após ele emitir um despacho comunicando que havia errado no cálculo das penas de Allana e o pai dela, Edison Brittes.
Ainda na quarta, Allana saiu presa do Fórum.
Já na quinta-feira (21), a defesa de Allana pediu ao Tribunal de Justiça que ela fosse solta e respondesse a condenação em liberdade.
A defesa alegou que Allana ficou presa por 11 meses em 2019 e que não estariam presentes "os requisitos necessários à decretação de sua prisão preventiva". A desembargadora Elizabeth de Fátima Nogueira negou o pedido, argumentando que não via "ilegalidade" na prisão.
Nesta sexta-feira, uma nova solicitação de soltura foi encaminhada pelos advogados de Allana ao TJ.
Ela foi analisada pela desembargadora Lidia Maejima. Na decisão, ela cita que "considera inadmissível a determinação da prisão apenas em razão da superveniência de condenação não definitiva, para fins de execução imediata e provisória da pena".
As sentenças
As sentenças foram lidas durante o julgamento pelo juiz Thiago Flores. Veja acima o momento exato.
Edison Brittes:
42 anos, 5 meses e 24 dias de prisão (reclusão em regime fechado);
2 anos, 1 mês e oito dias (detenção, que pode ser cumprida em regime aberto);
Homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vitima); ocultação de cadáver; fraude processual; corrupção de menores; coação ao curso do processo.
Cristiana Rodrigues Brittes:
6 meses de detenção;
1 ano de reclusão (regime aberto);
Condenada por fraude processual e corrupção de menores;
Autoria não reconhecida nas acusações de homicídio qualificado e coação ao curso do processo.
Allana Emilly Brittes:
7 anos, 5 meses e 21 dias de prisão (regime fechado);
9 meses e 10 dias de detenção;
Condenada por fraude processual, corrupção de menores e coação ao curso do processo.
David Willian Vollero Silva:
Absolvido de todas as acusações (homicídio qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual);
Ygor King:
Absolvido de todas as acusações (homicídio qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual);
Eduardo Henrique Ribeiro da Silva:
Absolvido de todas as acusações (homicídio qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual);
Evellyn Brisola Perusso:
Absolvida da acusação de fraude processual.
*Mais informações em instantes.
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